RÉPTEIS
O Cerrado possui 180 espécies de répteis descritas, sendo 20% delas endêmicas da região e 22 delas consideradas ameaçadas de extinção em algum nível. Essa diversidade é composta por cerca de 50 espécies de lagartos. Confira abaixo algumas espécies de répteis que habitam o Cerrado.
ESPÉCIES
PAPA-VENTO
Descrição
Na verdade, esse animal possui diversas subespécies, formando um grupo complexo de pelo menos cinco espécies crípticas, ou seja, de difícil visualização. De forma geral, eles são parecidos fisicamente. São animais de pequeno porte de coloração amarronzada com listras no dorso.
Hábitos
Semi-arborícola e parece ser mais ativo durante o dia. Se alimenta de artrópodes e insetos. Os adultos possuem um papo colorido que se expande quando se sente ameaçado. Por isso o nome de papa-vento.
Mais informações
Nome científico Norops meridionalis (Boettger, 1885)
Ordem Squamata
Família Dactyloidae
Ambiente Cerrado e campo limpo.
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante.
Reprodução Depositam dois ovos por ninhada e podem se reproduzir durante todo o ano.
Distribuição geográfica
Espécie endêmica do Cerrado, com ampla distribuição no Bioma. Está presente na Bolívia, Paraguai e no Brasil em toda a região Centro-Oeste e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins e Pará.
Fonte:
Guarnizo, C. E., Werneck, F. P., Giugliano, L. G., Santos, M. G., Fenker, J., Sousa, L., … & Dorado-Rodrigues, T. F. (2016). Cryptic lineages and diversification of an endemic anole lizard (Squamata, Dactyloidae) of the Cerrado hotspot. Molecular Phylogenetics and Evolution, 94, 279-289.
LAGARTO-DA-CAUDA-AZUL
Descrição
Espécie de pequeno porte, atinge até 43 mm de comprimento. O corpo é amarronzado com uma fina faixa azul escuro do pescoço até a cauda. A cauda vistosa possui coloração azul brilhante, o que caracteriza a espécie.
Hábitos
Semi-fossorial. A espécie é mais ativa durante o dia, e a dieta é baseada em pequenos invertebrados que encontra no meio de gramíneas e serrapilheira.
Mais informações
Nome científico Micrablepharus atticolus
Ordem Squamata
Família Gymnophthalmidae
Ambiente Áreas florestais e de savana.
Situação de conservação da espécie Menos preocupante.
Reprodução Não há informações.
Distribuição geográfica
Espécie endêmica do Brasil. Ocorre no Distrito Federal e em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Tocantins.
Fonte:
JARARACA
Descrição
Possui uma faixa pós-ocular bem marcada, manchas pretas, brancas e marrom-escuro bem marcadas ao longo do corpo. Sua coloração é predominantemente creme, com algumas variações.
Hábitos
Não há informação.
Mais informações
Nome científico Bothrops n. pauloensis
Ordem Squamata
Família Viperidae
Ambiente Áreas de savana
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante
Reprodução Vívipara
Distribuição geográfica
A jararaca ocorre na região sudeste do Brasil, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Há registro também na Bolívia e no Paraguai.
Fonte:
https://www.iucnredlist.org/species/15203510/15203530
http://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Bothrops&species=pauloensis
CALANGO
Descrição
Este animal possui 140 mm de comprimento entre o focinho e a base da cauda. Corpo robusto com dorso castanho com pontos negros e claros, às vezes formando faixas transversais. A coloração do ventre é mais clara que o dorso.
Hábitos
Possui hábitos generalistas e territoriais. A espécie é diurna e se alimenta principalmente de artrópodes, como formigas, vespas, aranhas, besouros e larvas de insetos, e de partes vegetais.
Mais informações
Nome científico Tropidurus torquatus (Wied, 1820)
Ordem Squamata
Família Tropiduridae
Ambiente É comum em uma grande variedade de habitats, incluindo áreas alteradas.
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante.
Reprodução A reprodução ocorre quase que inteiramente durante a estação chuvosa, sendo que a fêmea pode depositar mais de uma ninhada durante o ano. As ninhadas variam de entre 1 e 3 ovos.
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica: Brasil, exceto na região Amazônica. Argentina, Uruguai e Paraguai.
Fonte:
CASCAVEL
Descrição
Apresenta coloração cinza-oliváceo ou castanho claro, com uma fileira de manchas dorsais em formato de losango e cor marrom. A espécie é caracterizada pelo chocalho localizado na extremidade de cauda. Possui aparelho inoculador de veneno.
Hábitos
Crepuscular e noturno. Carnívora, alimenta-se principalmente de pequenos mamíferos.
Mais informações
Nome Científico Crotalus durissus
Ordem Squamata
Família Viperidae
Ambiente Regiões de clima quente e seco.
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante
Reprodução Vivípara
Distribuição geográfica
Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Fonte:
JABUTI, JABUTI-PIRANGA, JABUTIPIRANGA, JABUTITINGA
Descrição
Este animal medem cerca de 70 cm de comprimento e pesam entre 6 e 12 kg. Sua carapaça (proteção dorsal) possui formato alongado e convexo, e é revestida por placas de cor marrom acinzentada com manchas amarelas. Nas patas e na cabeça as escamas são avermelhadas. Possui patas curtas e grossas sem dedos.
Hábitos
É uma tartaruga terrestre e se alimenta de vegetais e pequenos animais.
Mais informações
Nome Científico Geochelone carbonaria
Ordem Chelonia
Família Testudinidae
Ambiente Planície de inundação, cerrados e em áreas florestais do Pantanal.
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante
Reprodução Ocorre entre na primavera e verão. A maturidade sexual acontece entre 5 e 7 anos de idade. Botam de 6 a 7 ovos, mas autores citam posturas de 15 a 20 ovos. A incubação é de 6 a 9 meses. O plastrão (parte ventral) das fêmeas é reto e dos machos com profunda côncavo.
Distribuição geográfica
Brasil, exceto Oeste da Amazônia e região Sul.
JACARÉ-DE-PAPO-AMARELO
Descrição
Esta espécie pode medir até 3,5 metros de comprimento, mas geralmente os indivíduos apresentam 2 metros entre o focinho e a cauda. Suas escamas são marrom-escuro variando com o creme. Possui uma forte mandíbula e seus dentes ficam aparentes mesmo com a boca fechada. As pernas são curtas e possuem grandes garras.
Hábitos
É um animal aquático, carnívoro e vive em grupos. Costuma ser mais ativo durante a noite, alimentando-se principalmente de vertebrados, como os peixes dos lagos e rios que habitam.
Mais informações
Nome científico Caiman latirostris
Ordem Crocodylia
Família Alligatoridae
Ambiente Brejos, mangues, lagoas, riachos e rios.
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante
Reprodução
Fazem ninhos no formato de montes, onde depositam de 18 a 50 ovos, geralmente postos em duas camadas, durante a estação de chuvas. Em cativeiro há registros de 20 a 60 ovos. A encubação durante entre 70 e 80 dias.
Distribuição geográfica
Leste do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul) e áreas de drenagens dos Rios Paraná e São Francisco. Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia.
Fonte:
TEIÚ
Descrição
Pode medir até 1,4 m de comprimento e pesar 5 kg. Possui o corpo cilíndrico e robusto. A cabeça é comprida, com mandíbula forte. O dorso é primariamente negro e verde-escuro com pontos preto e cinza. Já o abdômen é mais claro com pequenas manchas preto claro. Os membros e caudas são longos e fortes.
Hábitos
Espécie diurna e ativa durante todo o dia. Possui dieta onívora, se alimentando de vertebrados, partes vegetais, moluscos e artrópodes, e até mesmo carniça. Passa a maior parte do tempo em movimento à procura de presas e é primariamente terrícola.
Mais informações
Nome científico Tupinambis merianae (Duméril e Bibron, 1839)
Ordem Squamata
Família Teiidae
Ambiente Área abertas de cerrado. Também em bordas de mata-de-galeria e em matas mais abertas. É visto frequentemente em áreas antrópicas.
Situação de conservação da espécie Pouco preocupante
Reprodução A reprodução aparentemente ocorre ao final da estação seca. O tamanho da ninhada varia de 30 a 36 ovos que eclodem após 60 a 90 dias.
Distribuição geográfica
Brasil, exceto na Floresta Amazônica. Argentina e Uruguai.
Fonte: